UGT proporciona intercâmbio entre a Indonésia e o Brasil

03/07/2013

Dando continuidade ao intercâmbio sindical promovido pela Secretaria de Relações Internacionais da União Geral dos Trabalhadores (UGT) entre a Central Brasileira, a Central Sindical da Indonésia (KSBSI) e a Confederação de Sindicatos Cristãos da Bélgica (CSC) sobre as questões relativas à sustentabilidade, os grupos iniciaram os trabalhos desta terça-feira (2) discutindo o diálogo social na área do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.

 

Abrindo os trabalhos deste segundo dia de encontro, Mônica da Costa Mata Roma, secretária adjunta de secretaria organizadora, reforçou que a troca de experiências é bastante enriquecedora e pode gerar importantes resultados.

 

“Nossa proposta com este intercâmbio é dotar as organizações envolvidas de elementos para que nossa ação sindical em favor dos trabalhadores seja permeada pela preocupação não somente com o meio ambiente, mas também com o ambiente de trabalho dos trabalhadores e com a inserção destes em um novo contexto de empregos verdes, com trabalho decente e justiça social”, afirma Mônica.

 

Ivo Dall’Aqua, diretor da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), fez uma apresentação sobre a estrutura da federação que possui 154 sindicatos patronais e quais suas ações para diminuir os impactos ambientais .

 

Francisco Cláudio Melo, do Comitê de Sustentabilidade da UGT e presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do RJ, falou sobre o descarte inadequado dos produtos químicos que afeta a camada de ozônio e a Terra como um todo. E explicou a política da logística reversa que fala sobre a volta do material descartado para ser reutilizável. Segundo ele, a logística reversa trata diretamente do descarte dos agrotóxicos; das pilhas e baterias; dos pneus e borrachas; dos óleos lubrificantes; das lâmpadas fluorescentes; dos eletrodomésticos e seus componentes; e dos remédios.

 

O vereador Laércio Benko discorreu sobre a poluição, principalmente da cidade de São Paulo. Falando bastante sobre poluição sonora e visual da maior cidade brasileira.

 

Romildo Campello, Secretário Municipal do Verde e Ambiente de Mogi das Cruzes, falou sobre a importância do consumo e do descarte consciente e contou que na sua cidade estão adotando um modelo japonês de reciclagem com adequações para a realidade brasileira e da fundamental participação das organizações, como as escolas, associações e igrejas locais, neste processo.

 

Neilton Fidelis, Assessor do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, apresentou a atualização do Plano Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) e a participação da Sociedade nos espaços de discussão.

 

Maria Emeninta, da KSBSI, falou sobre a atual situação na Indonésia e afirmou que seu país não tem ações políticas, mas que estão buscando boas práticas para serem inseridas dentro dos locais de trabalho, fortalecendo a capacidade interna com um plano de ação sobre o consumo responsável.

 

Na oportunidade, Cristina Palmieri, do Comitê de Sustentabilidade da UGT, enfatizou a importância da participação do movimento sindical nos fóruns de discussão. Afirmando que a UGT entende que quanto mais o movimento social e sindical se inserirem nas discussões, mais poderão influenciar na tomada de decisões no processo de formulação de políticas públicas para o país.

 

“Acreditamos que só a sociedade civil organizada, e o movimento sindical é o mais organizado do mundo, é capaz de provocar mudanças significativas. Mas mudar a realidade, a cultura e a história é muito difícil, mas o Brasil têm mostrado que é possível, tanto é que estes espaços estão ganhando cada vez mais força e mais importância dentro da administração pública brasileira”, concluiu Cristina.

 

Stijn Sintubin, da CSC, disse que no congresso realizado em 2010 a CSC decidiu que os empregos decentes devem ser prioridades e que estão buscando, entre outras medidas, mudar o ambiente de impacto com representantes e comitês verdes, formando militantes dentro das organizações comprometidas.

 

Amanhã (03), o grupo fará visitas externas em Piracicaba, interior de São Paulo. Visitarão uma usina de cana de açúcar para conhecer o processo de produção do etanol depois serão recebidos pelos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. E, antes de encerrarem o dia, conhecerão uma cooperativa de agricultura familiar.