Enem: manifestações, papa e espionagem são temas

24/10/2013

As manifestações de junho, a visita do papa Francisco ao Brasil, a Copa das Confederações e a recente revelação de um sistema americano de espionagem que vigia até as mensagens trocadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) são temas que neste ano devem permear as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A dois dias da prova, além de rever os assuntos que dominaram o noticiário, treinar conceitos práticos que podem ser exigidos especialmente nas provas de exatas pode ser uma boa dica para quem busca uma vaga nas federais.

 

As características do Enem indicam que o sucesso ainda depende da capacidade dos alunos de relacionar os fatos. Geralmente, essa necessidade de interpretação surge em forma de tabelas, imagens e gráficos. Por isso, professores recomendam que os alunos se esforcem para desenvolver o hábito de fazer conexões entre os conteúdos o tempo todo, com variadas combinações, como Geografia e Química, por exemplo.

 

Para o coordenador do cursinho do Etapa, Marcelo Dias Carvalho, os candidatos devem estar cientes de que o exame se assemelha cada vez mais a um vestibular clássico e, por isso, requer conhecimento básico da gama de assuntos requisitada pelas grandes universidades. "Não se trata mais de uma prova de interpretação apenas. O Enem passou por uma transformação ao longo do tempo. Hoje, exige o que os grandes vestibulares exigem", diz.

 

Aceito como porta de entrada das principais universidades federais do País, o exame é aplicado em dois dias. São dez horas de prova, nas quais é preciso responder a 180 questões e elaborar a redação. Além de estudar muito, o segredo para o sucesso está, segundo Carvalho, no planejamento individual.

 

"Não é recomendado responder às questões na ordem. O aluno deve escolher começar pelos temas que considera mais simples. Com isso, ele ganha confiança e tempo. Na média, há apenas três minutos para responder a cada pergunta", afirma. O especialista ainda ressalta que nenhuma questão do exame pode ficar sem resposta.

 

Fonte: Estadão