Mania de "selfies" pode estar passando dos limites, diz pesquisador

20/08/2014

Registrar os momentos com vídeos, atualizações de status e "selfies" (autorretratos) é inevitável, mas podemos estar ultrapassando os limites. É o que pensa o pesquisador Andrew Hoskins, da Universidade de Glasgow, na Escócia.

 

Ele está em São Paulo para o Fórum Permanente de Gestão do Conhecimento, Comunicação e Memória, onde falará sobre como as tecnologias digitais estão mudando a maneira como os acontecimentos atuais se tornam memória.

 

Manter-se conectado a todo momento, segundo Hoskins, já é parte integrante da experiência de estar em qualquer lugar e se tornou uma espécie de compulsão. Isso ajudaria a explicar, por exemplo, a polêmica levantada pelos autorretratos tirados durante o funeral de Eduardo Campos.

 

O pesquisador, que fundou a publicação especializada Memory Studies, fala até mesmo de um "esvaziamento da memória" à medida que as pessoas se tornam mais dependentes das buscas online e guardam extensos arquivos e fotos pessoais digitais que nunca serão visualizados.

 

"A memória sempre se faz no presente. Ainda não entendemos a magnitude da maneira como a tecnologia mudará nossa memória no futuro", disse o pesquisador à BBC Brasil.

 

Fonte: UOL