Caixa lidera ação para estimular venda de veículos no fim do ano

29/10/2014

Para tentar estimular as vendas de veículos no final deste ano, a Caixa e o BancoPan anunciam nesta quarta-feira (29) juros mais baixos para os financiamentos a pessoas físicas em mais de 8.000 concessionárias do país.

 

Além de financiar os clientes, os bancos também fecharam acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) para oferecer linhas de crédito aos revendedores.

 

A Fenabrave reúne os distribuidores de 52 marcas comercializadas no país.

 

O "Acordo de Apoio de Final de Ano às Concessionárias" será anunciado pela manhã em São Paulo.

 

A Caixa, que possui 50% das ações do BancoPan (antigo Panamericano), tem hoje uma linha de financiamento para a compra de carros novos e usados com taxa a partir de 0,93% ao mês.

 

A mais recente pesquisa do BC mostra taxa média de 1,5% ao mês nas instituições financeiras. No BancoPan, o custo médio era de 2% ao mês.

 

Entre as principais linhas de crédito ao consumo, o automotivo é a única que encolheu neste ano. Segundo o BC, o estoque de operações recuou 4% nos oito primeiros meses do ano e os novos financiamentos caíram 9% ante o mesmo período de 2013.

 

Além da manutenção parcial do IPI reduzido, foram anunciados em agosto incentivos para aumentar essas operações, por meio da liberação de depósitos compulsórios (recursos dos bancos que ficam retidos no BC).

 

O mesmo incentivo foi estendido à linha capital de giro, principal fonte de crédito para as empresas e que apresenta queda de 14% nas concessões neste ano.

 

Dados da Cetip mostram que, em setembro, os financiamentos de veículos tiveram alta de 9,8% em relação a agosto e de 5,4% ante setembro de 2013. No acumulado do ano, foram financiados 4,7 milhões de veículos --queda de 6,6% sobre o mesmo período do ano passado.

 

Do lado das montadoras, há negociações em curso com o governo em torno de medidas para retomar o ritmo de crescimento da produção, prejudicado neste ano pela queda das exportações para a Argentina e pela perda de fôlego do mercado doméstico.

 

O governo já indicou que o IPI para veículos, reduzido desde 2012, não deve ser recomposto neste ano. O benefício deveria acabar em julho, foi prorrogado até o fim do ano e deve ser mantido até quando a economia esteja "mais recuperada", segundo o ministro Guido Mantega.

 

O presidente da Anfavea (associação das montadoras), Luiz Moan, vai se reunir nesta quarta (29) com o secretário de Política Econômica da Fazenda, Márcio Holland.

 

Fonte: Folha de S.Paulo