Prefeitura de SP deixa de cumprir promessas do Plano Chuvas de Verão’

20/03/2018

A Prefeitura de São Paulo lançou no ano passado o “Plano Chuvas de Verão” para minimizar os danos provocados no período de chuvas. O objetivo do plano era reunir vários obras e secretarias para evitar enchentes na cidade.

 

Em setembro do ano passado, a Prefeitura apresentou um documento em que detalha o cronograma Operação Chuvas de Verão. A equipe do Bom Dia SP visitou dez lugares que sofreriam intervenção e verificou que sete promessas não foram cumpridas, quatro obras nem começaram. Outras duas obras tiveram início, mas ainda não foram entregues. Apenas três promessas foram cumpridas.

 

Na Zona Norte de São Paulo, homens trabalhavam na canalização do córrego Tremembé, que foi prometido para ser entregue no primeiro semestre. Dois quarteirões adiante, na esquina da avenida Coronel Sezefredo Fagundes com a Rua Manuel Gaya onde, de acordo com os planos da Prefeitura, deveria ter começado a obra de um reservatório em janeiro, funciona um estacionamento e não tem nenhum sinal de construção.

 

A região do Tremembé sofre tanto com as enchentes que existe a previsão de construir um segundo piscinão na Avenida Maria Amália Lopes de Azevedo. No local, a obra deveria ter começado em janeiro, mas existe mais um estacionamento no local.

 

No Jardim Peri, na Rua Cachoeira dos Antunes, também na Zona Norte, os moradores tiveram que improvisar a construção de pontes para conseguirem atravessar o córrego e entrar em casa. A canalização do córrego deveria ter começado em dezembro.

 

“As casas do lado direito da rua elas são todas casas com escrituras, IPTU, tudo. As nossas casas desse lado elas tão sofrendo muita infiltração desse esgoto que tem aqui a céu aberto. Todo ano na minha casa eu tenho que tá abrindo um buraco na frente da minha casa, no meu terreno, pra tá jogando entulho, aterrando pra a água não comer o meu terreno”, afirmou a dona de casa Juliana Nascimento Alves.

 

Na Zona Oeste, o reforço da galeria na Rua Pinheiro Machado, na Lapa, foi feito dentro do prazo. Na Rua Poetisa Colombina, no Jardim Bonfiglioli, as obras para conter os alagamentos foram retomadas. Já na Rua Lourenço Prado, na Cidade dos Bandeirantes, a previsão de término do serviço mudou de fevereiro para novembro deste ano.

 

Na Zona Sul, a Rua Joaquim Odorico Teixeira, no Jardim São Luís, os moradores reclamam da má qualidade do serviço realizado. Na Rua Breves, na Chácara Monte Alegre, a canalização do córrego dos Alcatrazes prevista para ser entregue em fevereiro ainda não terminou.

 

Na Zona Leste da capital, a construção de galerias da Rua Formoselha que vão desembocar no Rio Aricanduva, na região da Vila Formosa, a obra ainda não foi concluída no prazo previsto.

 

No canal Ipiranguinha, que cruza a Avenida Cipriano Rodrigues, também na Vila Formosa, o trabalho era para ter começado em dezembro do ano passado mas de um lado possui um matagal e do outro um lixão a céu aberto.

 

O secretário de Serviços e Obras, Marcos Penido, explicou o motivo de alguns atrasos, como nas obras do córrego Tremembé.” Lá nós tivemos algumas questões de ajustes orçamentários. Nós tivemos que fazer alguma relocação de recursos e postergamos um pouco o início dessa obra”, afirmou.

 

“Dos 10 pontos visitados nós temos 3 não iniciados um por conta de uma readequação orçamentaria; uma por conta de processos judiciais; e outro por conta de identificação de possível de contaminação da área. Nos demais, as obras estão em curso. Quando nós estabelecemos uma meta, nós ousamos a colocar uma meta sempre que nos desafie pra que nós possamos antecipar a conclusão. Naqueles que estão em andamento a grande maioria está com mais de 70% executado. Estamos cumprindo o nosso proejto de preparar cada vez mais a cidade para o período de chuvas”, declarou o secretário.

 

Fonte: G1